domingo, 25 de março de 2012

O Assédio Moral e A ratoeira



A Ratoeira
 
      Um rato olhando pelo buraco da parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos.  Foi ao galinheiro e falou:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!!
     A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
        O rato foi até o chiqueiro e disse ao porco:
- Há uma ratoeira em casa, uma ratoeira !!!
      O porco respondeu:
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Ratoeira é pra pegar ratos.  Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
      O rato dirigiu-se então a vaca. E ela lhe disse:
 - O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!!!
     Então o rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando uma vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...   O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. E todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou sua faca e foi providenciar o ingrediente principal: galinha. Como a doença da mulher piorasse, os amigos, parentes e vizinhos vieram visitá-la.
         Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar aquele povo todo.
        

       O mesmo ocorre quando o Assédio Moral se instala. O agredido irá procurar apoio e ajuda dos colegas, porém, como na maioria dos casos virarão as costas dizendo não ser com eles e que nada têm com o problema. Por ninguém ter tomado providências a situação se alastrará. Assim como na fábula, haverá mais trabalhadores desesperados e perdidos na situação de humilhação. Ainda assim, pelo alarde de outras vítimas não surtindo efeito a situação tenderá a sair do controle do agressor. Quando a "casa cair" não haverá tempo para mais nada, todos cairão juntos: a empresa, o dono, os supervisores, empregados. A empresa por ter indenizar as vítimas. O dono por perder clientes pela propagação de maus tratos. Os supervisores e empregados por correrem o risco de perderem seus postos de trabalho. Por isso, no primeiro alerta, atitudes deverão ser tomadas. 

terça-feira, 6 de março de 2012

A Indústria do Assédio Moral e o fortalecimento do Direito


O cidadão cada vez mais tem recebido informações por diversos meios, tendo evoluído na assimilação de tais informações. Tendo utilizado com maior eficiência os diversos dados que lhe chegam. Isto é uma tendência natural e faz parte da evolução do homem, do país, do mundo.

Pela demanda crescente nos diversos setores que visam resguardar os direitos dos cidadãos, estes inevitavelmente também se tornam eficientes e práticos no atendimento das demandas, e claro, com a ressalva de que temos muito a evoluir e principalmente contribuir. Contribuir como? Reivindicando e exigindo o que nos é de direito.

No âmbito trabalhista não é diferente. Os trabalhadores tem ido mais vezes aos tribunais, visando indenizações por Assédio Moral, e por quê? Porque mais e mais trabalhadores estão entendendo quando empregadores ultrapassam os limites da submissão hierárquica laboral e partem para humilhação, visando o mesmo resultado: produção. Estes trabalhadores contribuem para a alta demanda. Obviamente que crescendo a demanda, idem jurisprudência e eficiência nos julgados.

Há uma propagação de que empregados ou ex-empregados, visando o lucro, procuram os tribunais tornando-os verdadeiras linhas de produção de indenizações, deixando os “litigantes” ricos, gorduchos e satisfeitos. A verdade, infelizmente é outra. Empregadores do século XVIII teriam ressuscitado e estariam entre nós perdidos por aí? Seus capatazes teriam recebido diplomas de Direito? Estes  capatazes têm tentado defender seus "senhores" com argumentos inventivos, fictíciosos e o que dizem sai tudo embolado e sem sentido. Depois de se atrapalharem nos tribunais tentando ludibriar os julgadores e perderem a causa e o rumo, saem por aí escrevendo asneiras, tipo: àqueles juízes julgam tudo errado, são a favor da vagabundagem. Tentam distorcer a realidade a todo custo. 

O que fazer para "senhores" e capatazes voltarem para onde vieram? 
Parece que os Tribunais têm a formula e ao poucos estão usando para baní-los de vez.